Atividades destacaram gestão das águas, fiscalização, geotecnologia aplicada ao Sislam e capacitação sobre biologia de peixes
Foto: Divulgação/Ipaam
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) realizou, nesta segunda-feira (09/12), mais um dia de programação técnica em celebração aos 30 anos do órgão. As atividades envolveram visitação ao Barco de Pesquisa Roberto dos Santos Vieira, debates presenciais e online sobre controle ambiental dos recursos hídricos, capacitação em geotecnologias aplicadas ao Sislam e formação voltada à biologia e ecologia de peixes, integrando ciência, fiscalização, gestão pública e uso sustentável da biodiversidade.
A programação iniciou às 9h, no Mirante Lúcia Almeida, com a visita guiada ao Barco de Pesquisa Roberto dos Santos Vieira, fruto da parceria de cinco anos entre o Ipaam e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
O diretor-presidente do Ipaam, Gustavo Picanço, destaca que a agenda comemorativa consolida uma nova fase para a gestão ambiental, estreitando a relação com o público e o Instituto. “A atividade, conduzida pelo analista ambiental, Daniel Nava, que apresentou aos participantes a estrutura da embarcação, os métodos de coleta e análise de amostras e os equipamentos utilizados no monitoramento das bacias hidrográficas do Estado. Uma parceria entre o Ipaam e a Universidade Estadual do Amazonas (UEA) ”, destacou.
Palestras
Após a visitação ao barco, ocorreu a palestra “Controle Ambiental dos Recursos Hídricos no Amazonas: Licenciamento, Fiscalização e Monitoramento”, das 10h às 11h, que reuniu representantes de instituições estratégicas para a gestão das águas.
O webinar contou com a participação do diretor da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Manaus (Semmas), Jurismar Ipiranga; do procurador de Contas do Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM), Ruy Marcelo Alencar de Mendonça; do professor da Escola Superior de Tecnologia da UEA, Sergio Duvoisin Junior; do presidente da Águas de Manaus, Pedro Augusto Freitas; e da presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Tarumã-Açu, Ana Maria Scognamiglio.
A mediação foi realizada por Daniel Borges Nava. O painel discutiu a execução da Política Estadual de Recursos Hídricos, abordando instrumentos de licenciamento, outorga, fiscalização e monitoramento, além dos desafios de governança e integração entre usuários, conselhos e comitês de bacia.
A palestra “Geocapacitação no contexto do Sislam”, ministrada pelo técnico do Ipaam Matheus Coelho de Lima, apresentou a importância das geotecnologias na análise ambiental e no processo de licenciamento, mostrando como o Sislam integra informações espaciais que facilitam o diagnóstico territorial, a caracterização das áreas e a avaliação de processos.O palestrante, técnico ambiental da Gerência de Licenciamento Industrial (Geli) do Ipaam, Matheus Lima, destacou que a atividade busca aprimorar a atuação de técnicos do órgão e consultores externos, ampliando o domínio das ferramentas de geoprocessamento e qualificando a tomada de decisão.
Fotos: Divulgação/Ipaam“É uma capacitação não só para os nossos membros aqui do órgão, mas também para os nossos consultores, o pessoal que trabalha com a gente, para que eles possam ter uma visão melhor do geoprocessamento dentro da plataforma do Sislam, tanto na parte de caracterização, da análise dos processos, de geometria, de todo o processo, ” afirmou o técnico.
Simultaneamente, das 13h às 16h, na sala de reunião 2, ocorreu a formação “Biologia e ecologia de peixes, subsidiando o Defeso e o tamanho mínimo dos peixes”, ministrada pelo analista ambiental do Ipaam, Gelson Batista, e pela professora Kedma Cristine Yamamoto, do Departamento de Pesca da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).
A atividade abordou os ciclos biológicos das espécies, períodos reprodutivos, padrões de crescimento e os critérios que fundamentam o Defeso e as normas de pesca que protegem espécies de interesse comercial e ecológico.O responsável pela Gerência de Controle de Pesca (GECP) do Ipaam, Gelson Batista, ressalta que a capacitação ressaltou a necessidade de alinhar políticas públicas, fiscalização e legislação à dinâmica ecológica dos rios amazônicos, especialmente diante das mudanças ambientais e pressões sobre os estoques pesqueiros.
“A gente vai falar sobre a biologia dos peixes, como nasceram, cresceram, se desenvolveram, e a reprodução. Conhecer a vida dos peixes é necessário para poder criar legislações que consigam proteger essas espécies. No caso, o tamanho mínimo de captura desses peixes, o período de defeso, quando os peixes estão se reproduzindo. Então, vão ser essas informações científicas e biológicas dos peixes que nós vamos estar recortando aqui, junto com a legislação”, afirma Batista.Programação segue até o dia 17
As atividades dos 30 anos do Ipaam continuam até o dia 17 de dezembro, com painéis, capacitações e oficinas técnicas. A programação completa e as inscrições estão disponíveis no site do Ipaam, no banner comemorativo dos 30 anos, onde também é possível consultar temas, horários, mediadores e modalidades das atividades presenciais e virtuais.
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